Ilusão

 



“O ser humano vivencia a si mesmo e seus pensamentos como algo em separado do resto do universo numa espécie de ilusão de ótica e de sua consciência, e essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe aos nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos desta prisão.”   (Albert Einstein)



“Ninguém pode escapar da ilusão, não importa quão erudito se possa ser. Como resultado dessa ilusão, o homem é submetido à dor, e essa dor funciona como um freio sobre a ação. Aquilo que não existe, mas parece existir, é ilusão (Maya). A ilusão faz o irreal parecer real e o real parecer irreal. O outro nome para ilusão é ignorância (Ajnana). A ignorância é aquilo que esconde a realidade de você e o faz considerar o não-existente como existente. Ela faz o falso parecer verdadeiro. Quando você se move em direção à luz, sua sombra fica atrás; quando se distancia da luz, você precisa seguir sua própria sombra. Caminhe sempre, a cada momento, um passo mais próximo ao Senhor e, então, a ilusão – a sombra – ficará atrás de você e não o enganará de forma alguma. Não se afete com a ilusão (Maya). O intelecto (Buddhi) em nós é a testemunha de todas as coisas deste mundo objetivo. Essas coisas mundanas limitam e colorem o intelecto; eles o afetam e o moldam na consciência (Chaitanya). A ilusão é apenas o intelecto afetado por tudo, desvirtuado e pervertido pelas impressões de tudo. Portanto, a consciência espiritual que não é afetada pela ilusão – isto é, sobre a qual o mundo não conseguiu produzir qualquer impressão – é o Senhor (Ishvara). Portanto, a pessoa que está se esforçando para alcançar o estágio do Senhor não deve ser afetada pela ilusão, não ser impressionada pelo mundo! Do ponto de vista da sabedoria, a ilusão do mundo é irreal; na visão do santo iluminado, a ilusão do mundo não existe. Isto é, de fato, um fenômeno intrigante. Para a alma realizada, que cruzou as margens da existência efêmera, a ilusão do mundo é inexistente; para aqueles que confiam na razão, ela é inexplicável; para o homem comum, ela é um fato. A sombra que você faz se reduz, gradualmente, a cada passo em direção ao sol, até que o sol brilhe diretamente sobre você e a sombra se arraste para baixo de seus pés e desapareça. De forma semelhante, a ilusão do mundo torna-se cada vez menos eficiente conforme você caminhe em direção à realização. Quando você está firmemente baseado na sabedoria, a ilusão do mundo cai a seus pés, tornando-se incapaz de enganá-lo mais, e desaparece.”  (Sathya Sai Baba) 



“A manifestação interdependente – manifestação de todos os fenômenos – deverá ser vista como o resultado de ambas as mentes, iludida e verdadeira.” (Thich Nhat Hanh)



“Não devemos lutar contra o nosso nível de ilusão, mas aspirar a transcendência. Um ser iludido não tem como reconhecer a sua própria ilusão. Se é a sua mente a regente da sua experiência na vida, por mais que ele investigue, não encontrará vestígios nenhum de ilusão na sua existência. Pois a ilusão é um produto inerente da ação mental comum. A desilusão, por sua vez, é uma etapa natural do processo evolutivo. Cada véu e cada máscara caem no momento certo, quando o ser está preparado e já incorporou o aprendizado necessário daquele estágio vivenciado […] Isto que denominamos de corpo físico é uma representação simbólica redimensionada da expressão abstrata superior do ser humano. O ser humano é essencialmente abstração movendo-se além da ilusão do mundo das formas […] Caso o ser ainda não tenha um bom nível de meditação, ele vai estar sempre diante o plano das máscaras, das personalidades e dos egos. Nunca poderá se aproximar verdadeiramente da essência de um outro ser. Ficará limitado ao plano das ilusões, da superficialidade aparente e se perderá facilmente com a sua ignorância diante os seus julgamentos infundados. Desta forma, perderá muitas oportunidades de se elevar por não ser capaz de perceber a luz maior de outros seres e se beneficiar dela […] Na Terra, nenhum ser humano encontrar-se-á seguro antes que a sua luz espiritual cósmica se manifeste. Até este evento, o ser humano permanecerá trilhando as veredas das realidades inferiores em pequenas realizações, sempre tangendo as experiências duais da zona de sofrimento. Nunca terá um elevado controle sobre as suas vontades e energias, vivendo a mercê das intempéries da vida terrena comum, numa luta ignorante pela sobrevivência. Sua consciência estará focada, exclusivamente, na vida planetária e, desta forma, aprisionada a um mundo de ilusões sujeita a impossibilidade de reconhecer a segurança da paz cósmica e o sentido da imortalidade.” 
(Livro “VIA TERRA, caminhos da luz”, Horácio Netho)



“A meditação sobre a natureza da interdependência (paratantra) pode transformar a ilu­são em iluminação. Treinando diariamente a observação profunda, fazendo uso da plena consciência para verter luz sobre a natureza interdependente das coisas, nos libertaremos da tendência de concebê-las como permanentes e como tendo um eu separado.” 

(Livro “Transformações na Consciência”, autor: Thich Nhat Hanh, Ed. Pensamento, 2002, pág. 209) 



Faces da Ilusão
Sobre a Ilusão e Sobre o Resgate



Interação com a Realidade:
Uma Ilusão Contínua
(Casa do Saber)




Da Ilusão a Realidade
(Trigueirinho)




O Mundo de Ilusão
(Horácio Netho)




Alertas Diante da Ilusão
(Trigueirinho)