“Nada é impossível a quem pratica a contemplação.
Com ela nos tornamos Senhores do Mundo.”
(Lao Tsé)
“A contemplação é o meio de comunicação entre o homem e o suprahomem, entre a vida mundana e a vida divina. O invisível se deixa penetrar, os símbolos se expõem, as sincronicidades se manifestam, desilusões brotam e véus são retirados. A supramente em contato com a supranatureza. Não há mais só o cantar do pássaro… Ao praticar a verdadeira contemplação, o ser se desnatura e transcende todos os conceitos pré-estabelecidos pela sua mente. Desta forma, acaba se expandindo, conhecendo e encontrando a si próprio interconectado num mergulho profundo na essência do todo […] A voz interna mais profunda de um ser vai além da sua manifestação atual dentro da raça humana. Como pode um ser humano dar vez à sua voz interna, se ele se encontra sobrecarregado com imagens mentais externas, se ele está condicionado a viver a sua realidade somente através dos contatos externos, se ele acredita fielmente que a sua realização dar-se-á exclusivamente no campo da matéria, se ele deixou-se cair na armadilha do excesso de compromissos e responsabilidades individuais, se ele vive a sua vida para consumir e ter sem saber o porquê, se ele se encontra incapaz sequer de ter tempo para contemplar a vida e conversar com Deus? […] O místico contemplativo não conduz técnicas meditativas, está alem delas. Ele traz o veio da luz superior acessível em sua consciência e a toca quando quer […] Se o ser não contemplou cachoeiras, oceanos, jardins, pássaros, as artes e todas as outras ofertas de expressões da natureza deste belo planeta, é porque realmente ele não sabe o que a vida na Terra quer da sua existência […] Quando for, buscar a intenção. Lá, contemplar. Ao retornar, reflexão.”
(Livro “VIA TERRA, caminhos da luz”, Horácio Netho)
“Você deve perceber, através da contemplação constante, que o mundo é o Corpo de Deus e que você é uma célula em tal Corpo. Para fixar-se na contemplação do Senhor onipresente, não há nenhuma limitação de tempo e lugar. Não há nada como um lugar sagrado ou um tempo auspicioso para isto. Onde quer que a mente se deleite com a contemplação do Divino, esse é o lugar sagrado. A contemplação ajuda a concentrar a atenção de forma consistente no Universal, o Absoluto.” (Sathya Sai Baba)
“O planeta estaria precisando que nós contemplássemos. Porque se nós nos puséssemos, por exemplo, a contemplar a natureza, nós estaremos dando à natureza algo que nunca demos… que é o amor à natureza […] Então, a contemplação seria algo que se nós estivéssemos em condição de fazer, se nós contemplássemos a natureza, estaríamos fazendo um trabalho cármico para o planeta e para a humanidade inimaginável. Todo este carma de não ter contemplado a natureza, de não ter amado a natureza como deveria ter sido feito, para nós deixarmos certas áreas da natureza estar no estado em que estão… um pouquinho de contemplação seria uma grande atividade para nós todos.” (Trigueirinho)
“Para atingir a libertação a partir de nossos estreitos pontos de vista e ao mesmo tempo alcançar o destemor e a compaixão, é preciso praticar a contemplação da interdependência, da impermanência e da compaixão… Portanto, a contemplação da interdependência do sujeito e do objeto é também a contemplação da mente. Todos os objetos da mente são a própria mente.”
(Livro “A Essência dos Ensinamentos de Buda”, T. N. Hanh, pág 97, Ed. Rocco, 2001)
“O espírito humano chega, pois, pela contemplação interna do universo, do ponto de vista da alma e da inteligência, à concepção duma luz inteligível, de um elemento imponderável, servindo de intermediário entre a matéria e o espírito. Seria fácil demonstrar que os físicos modernos se aproximaram inconscientemente da mesma conclusão, por um caminho oposto, quer dizer, procurando a constituição na matéria e esbarrando com a impossibilidade de a explicar por si mesma.”
(Livro “Os Grandes Iniciados – PITÁGORAS”,pág 36, Édouard Schuré, Martin Claret Editores, 1986)
